quarta-feira, 6 de outubro de 2010


Perguntar...

Ao visitar o Eixo 4, relembrei todas as interdisciplinas abordadas e posso dizer que faço uso ainda hoje de atividades propostas principalmente pela disciplina de Matemática, estas que se encontram organizadas no meu pbwork.
Também pude relembrar o desafio de “perguntar”, proposto pelo Seminário Integrador neste semestre. Foi por esta atividade que hoje escrevo meu TCC e posso comparar duas práticas: uma antes e outra depois de desenvolver Projetos de Aprendizagem com meus alunos.
Lembro o quanto foi difícil perguntar, e mais ainda permitir que meus alunos perguntassem. Confesso que este desafio não foi conquistado assim tão fácil, e que somente durante e depois do meu estágio é que pude perceber que meus alunos aderiram o hábito de perguntar, pois assim também permiti.
Tanto eu quanto meus alunos tínhamos dúvidas, interesses, mas em sala de aula nem sempre o espaço estava aberto para esta prática.
Relembrando as “perguntas inteligentes” estudadas lá neste Eixo e muito bem abordadas por Beatriz C. Magdalena e Iris Elisabeth Tempel Costa, autoras importantes nas reflexões que fiz no meu estágio depois que optei pela prática de PAs, percebi o quanto deixei de explorar tantas perguntas que julgava não estarem relacionadas aos objetivos da turma. Minha preocupação ainda se voltava muito ao medo de não atingir os objetivos de conteúdos para determinada turma, sempre muito presa as práticas de leitura e escrita, como se os Projetos não pudessem proporcionar espaços de aprendizagem.
Depois de muito estudo, experiências e reflexões de minha prática é que posso afirmar que “só buscamos respostas quando temos uma pergunta, só procuramos alguma coisa quando sentimos necessidade e temos uma idéia acerca do que queremos encontrar”. ( MAGDALENA e COSTA, 2003).
Hoje meus alunos perguntam, questionam e duvidam mais, e por isso a produção escrita e a leitura também é muito maior, e os objetivos vão sendo alcançados por meio de uma única questão que dá início a uma série de descobertas.


Referência:
COSTA, Iris Elisabeth Tempel; MAGDALENA, Beatriz Corso. Revisitando os Projetos de Aprendizagem, em tempos de web 2.0.

Um comentário:

Rosângela disse...

Oi Dulce,

Lembro quando vocês iniciaram o estudo dos PAs. Muitos não acreditavam na possibilidade de se desenvolver PAs com os alunos. Fico feliz de ver que foste ousada e encaraste esse desafio. Desafio que foi tão produtivo a ponto de tornar-se o tema do teu TCC. Creio que essa experiência reforçou algumas concepções que, para muitos professores, ainda só existem no plano das ideias, da teoria, como a importância do saber, da curiosidade, do interesse do aluno, a necessidade do trabalho coletivo, o incentivo à pesquisa, a tarefa de mediação do professor.

Acho que a grande lição que a metodologia dos PAs nos ensina é que não podemos nunca perder a coragem de perguntar, pois a pergunta é o início de tudo... Ela expõe nossa curiosidade e nos instiga a buscar respostas.

Beijos, Rô Leffa.