domingo, 17 de maio de 2009

Estádios do desenvolvimento

O conhecimento sempre foi uma questão pesquisada, de modo a entender o processo pelo qual o alcançamos. Algumas teorias já foram criadas, mas Piaget é quem define por meio da experimentação o desenvolvimento de todo o conhecimento, definindo a teoria construtivista, dividida em fases que determinam este processo: período sensório-motor, pré-operacional, das operações concretas e das operações formais.
Vale lembrar que segundo Piaget, todos passam por este período de desenvolvimento sem alterar a ordem dos estádios, porém as idades pré-definidas para cada um podem apresentar alterações, devido os diferentes comportamentos entre um sujeito e outro, e suas individualidades.
Sabemos que existem diferenças múltiplas entre as pessoas, herdadas pelas relações estabelecidas, por costumes da família e dos lugares que está incluído. Ainda como professores sabemos das diferenças de nossos alunos, mas precisamos entender quais as fases de desenvolvimento que se encontram, para podermos acreditar nas capacidades de cada um.

As diferenças na escola

Na construção de um mosaico étnico-racial, sugerido pela interdisciplina de “Questões étnico-raciais na educação: Sociologia e história”, foi possível encontrar alunos, mesmo com cinco anos de idade, com preconceitos.
Acredito que estas formas de preconceito, não são “culpa” deles, mas o que se observa são adultos que ainda hoje passam de maneira errada “valores” criando formas de desvalorização do diferente.
O preconceito existe não apenas para descendentes afros, mas em várias outras situações presenciadas na sociedade e na escola. Percebo que a dificuldade de adaptação escolar é causa principal de uma sociedade que o individualismo está presente. Não são todos os alunos, mas muitos têm dificuldades de convivência por não aceitar as diferenças dos outros.
Um exemplo claro é de um aluno que não aceitava os colegas se não fossem do time dele, e por isso não conseguia um bom relacionamento na sala de aula. Após várias alternativas de diálogo, contação de histórias, estabelecendo relações de amizade, este aluno troca de time e consegue se relacionar da melhor maneira possível.
O objetivo não era a troca de time, mas a aceitação do outro como um ser diferente de si, entretanto escolheu esta opção, dizendo ser a melhor maneira de resolver tal situação.
Como professores, precisamos reavaliar nossa conduta pessoal, para que possamos auxiliar nossos alunos num processo de construção de respeito às diferenças, pois elas existem e precisam ser discutidas, com o cuidado de não apontá-las a ponto de cada vez mais separar um povo ou outro da sociedade. Falo isso porque por muitos anos só falei de índios no mês de abril, de forma que em outros meses pareciam não existir.


Um bom professor...

Todo ser humano aprende desde muito cedo a ter seus princípios e ações para conviver numa sociedade. Cada um de nós age de maneira diferente porque somos diferentes, temos nossas individualidades.
Aprendemos durante a nossa vida valores por meio da família, do meio em que vivemos, mas é preciso que se tenha uma boa estrutura pessoal na relação que estabelecemos com os outros.
Como acontece no filme “O clube do imperador”, onde o professor age de maneira infeliz com um aluno colocando-o acima do seu potencial, e prejudicando outros colegas, também nós professores precisamos estar preparados para situações diferentes que venham surgir em nossa escola e principalmente em nossa sala de aula, para podermos auxiliar nosso alunos, não só na aprendizagem, mas na construção moral de cada um.
O professor é um mediador no processo de ensino-aprendizagem, e não pode jamais beneficiar um aluno mais que outro. Temos nossos princípios e precisamos apostar neles, pois de certa forma somos exemplos para os educandos, então deveremos deixar de lado algumas preferências pessoais, para atender a todos sem distinção, dando oportunidades iguais.
Um bom professor precisa ser flexível diante de idéias distintas, assim como um bom argumentador para defender aquilo que acredita.