quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Algumas reflexões...

Revisitando o Eixo 6, e pensando em responder alguns questionamentos feitos pela tutora na postagem anterior, observei algumas reflexões que havia realizado na interdisciplina “Questões étnico-raciais na educação: sociologia e história”, que se assemelham aos mesmos medos e anseios que encontrei ao desenvolver a proposta de uma prática baseada na metodologia de Projetos de Aprendizagem.
Quando somos motivados a inserir na sala de aula atividades diferentes, percebemos que mesmo que busquemos um diferencial para nossa escola, sempre há muito o que ser feito. A sociedade cada vez exige mais, portanto é necessário que acompanhemos este desenvolvimento.
Muito já foi discutida a questão de trabalhar, por exemplo, a cultura indígena nas escolas, e as práticas escolares já mudaram neste sentido, porém ainda encontramos uma sociedade que exclui, que não respeita as diferenças. Logo se percebe que ainda é preciso pensar mais nas questões étnico-raciais, assim como introduzir práticas que geram dúvidas na sala de aula.
Entretanto, introduzir práticas diferenciadas como a proposta de PAs na minha sala de aula gerou medos em torno do que é fazer diferente e como posso fazer diferente. Medo de não atender a todas as expectativas geradas em torno de uma proposta de pesquisa e desestabilizar uma prática acomodada de tantos anos.
Hoje percebo a importância de uma escola comprometida com a verdade, com a pesquisa, com a dúvida, que possa valorizar diversas culturas e tradições, e que é importante possibilitar aos alunos espaços de descoberta autônoma, sem receio de errar.
Sempre estive envolvida numa escola baseada num modelo que precisava ensinar, que tinha conteúdos a cumprir, e que com a prática de PAs foi desestabilizada, reorganizada. Agora são os alunos que com a minha orientação, descobrem e aprendem.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Projetos de Aprendizagem

Visitando o Eixo 5, mais uma vez a interdisciplina “Seminário Integrador” veio me trazer boas lembranças.
Quando fomos motivados a desenvolver um Projeto de Aprendizagem, este não se mostrava assim tão motivador, tudo era difícil. Quando desenvolvi meu estágio não foi diferente, tinha medo de me lançar ao novo, mas hoje percebo que valeu a pena estudar e me desfiar ao novo.
Surgiu para nós neste semestre algo muito interessante: a pesquisa.
Por meio dela vamos percebendo a importância da descoberta do que está a nossa volta e que muitas vezes não percebemos e nem conhecemos sua história.
Ir em busca da nossa curiosidade, descobrindo algo que realmente queremos e nos envolve, é o ponto de partida de uma pesquisa.
Descobrir como se fazia PA também foi assim, uma pesquisa, uma descoberta...
Hoje no meu TCC, mais específico no que estou escrevendo hoje, tento explicar esta prática diferenciada, baseada em arquiteturas pedagógicas, pois “as arquiteturas pressupõem aprendizes protagonistas” (CARVALHO, Marie Jane Soares [et al]).
Assim fui vivenciando ao longo do curso uma experiência onde me tornei uma estudante protagonista, capaz de refletir sobre a minha prática. Também fui capaz de permitir aos meus alunos experiências onde eles foram os construtores de suas aprendizagens, hoje relatado com ênfase no meu TCC.

Referência:
CARVALHO, Marie Jane Soares; NEVADO, Rosane Aragon de; MENEZES, Crediné Silva de. Arquiteturas pedagógicas para educação à distância.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010


Perguntar...

Ao visitar o Eixo 4, relembrei todas as interdisciplinas abordadas e posso dizer que faço uso ainda hoje de atividades propostas principalmente pela disciplina de Matemática, estas que se encontram organizadas no meu pbwork.
Também pude relembrar o desafio de “perguntar”, proposto pelo Seminário Integrador neste semestre. Foi por esta atividade que hoje escrevo meu TCC e posso comparar duas práticas: uma antes e outra depois de desenvolver Projetos de Aprendizagem com meus alunos.
Lembro o quanto foi difícil perguntar, e mais ainda permitir que meus alunos perguntassem. Confesso que este desafio não foi conquistado assim tão fácil, e que somente durante e depois do meu estágio é que pude perceber que meus alunos aderiram o hábito de perguntar, pois assim também permiti.
Tanto eu quanto meus alunos tínhamos dúvidas, interesses, mas em sala de aula nem sempre o espaço estava aberto para esta prática.
Relembrando as “perguntas inteligentes” estudadas lá neste Eixo e muito bem abordadas por Beatriz C. Magdalena e Iris Elisabeth Tempel Costa, autoras importantes nas reflexões que fiz no meu estágio depois que optei pela prática de PAs, percebi o quanto deixei de explorar tantas perguntas que julgava não estarem relacionadas aos objetivos da turma. Minha preocupação ainda se voltava muito ao medo de não atingir os objetivos de conteúdos para determinada turma, sempre muito presa as práticas de leitura e escrita, como se os Projetos não pudessem proporcionar espaços de aprendizagem.
Depois de muito estudo, experiências e reflexões de minha prática é que posso afirmar que “só buscamos respostas quando temos uma pergunta, só procuramos alguma coisa quando sentimos necessidade e temos uma idéia acerca do que queremos encontrar”. ( MAGDALENA e COSTA, 2003).
Hoje meus alunos perguntam, questionam e duvidam mais, e por isso a produção escrita e a leitura também é muito maior, e os objetivos vão sendo alcançados por meio de uma única questão que dá início a uma série de descobertas.


Referência:
COSTA, Iris Elisabeth Tempel; MAGDALENA, Beatriz Corso. Revisitando os Projetos de Aprendizagem, em tempos de web 2.0.

sábado, 2 de outubro de 2010

Eixo 3...

Estive visitando o eixo 3, e relembrando alguns aspectos abordados neste semestre, destaco aqui a interdisciplina “Ludicidade e Educação”.
Durante todos estes anos de atividade docente, inclusive no meu estágio sempre me preocupei com o brincar na sala de aula, pois muitas vezes nestas atividades é que os alunos se envolvem e provam que são capazes.
Toda criança necessita de brincadeiras, que o levam a uma melhor vivência, porque o brinquedo é desafiador, permite que ela própria, ao brincar crie o jeito de aprender, a usá-lo, cria laços de amizade com os colegas que participam da brincadeira.
Falar em ludicidade não significa apenas observá-lo como sinônimo de brincadeira, mas como fala Tânia Fortuna “a contribuição do jogo para a escola ultrapassa o ensino de conteúdos de forma lúdica, "sem que os alunos nem percebam que estão aprendendo".
O que pude perceber nas diversas interdisciplinas do Pead é que a educação deve assumir um lado mais dinâmico, mais criativo. Quando introduzimos a música, a literatura, artes visuais... de certa forma estamos também criando espaços lúdicos em sala de aula, e construindo uma educação de qualidade.
No meu TCC o que quero mostrar é puramente esta prática diferenciada, baseada na concepção de que os alunos podem aprender de maneira autônoma, partindo de seu interesse e contextualizando conceitos escolares num mundo de brincadeira e imaginação que lhes pertence. Um exemplo bem real são as atividades de matemática, que uma vez transformadas em jogos, todos alcançam objetivos de forma “natural”, e a aprendizagem é uma construção verdadeira.

Referência:
FORTUNA, Tânia Ramos. Sala de aula é lugar de brincar? Disponível em http://brincarbrincando.pbworks.com/f/texto_sala_de_aula.pdf. Acessado em 02 de outubro de 2010.